segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Sobre o sopro que senti

Aquele assovio chegado com um sopro leve ao seu coração era o sinal que tanto esperava. O presságio da tua chegada na sua vida.

E como foi esperado.

Há quanto tempo estava sentada nas margens desse rio? Perdeu a noção de hora, mês, ano, eternidade. A cada pôr-do-sol voltava pra casa sem seu, (o teu) amor.

Algo naquele rio a fazia acreditar que tu ias chegar... Talvez a forma como os peixes circulavam seus pés, transmitindo a paz e a certeza de um amor outra vez. Como quis te conhecer, saber como brilhavam teus olhos, conhecer teus sonhos.

Deitava às margens e desenhando nuvens nas águas, imaginava como seria teu toque, e um riso despontava no canto da boca quando pensava em como poderia ser o gosto do teu beijo.

E finalmente naquele fim de tarde tu chegastes, sentastes ao lado dela achando graça dos peixes que carregava nas pontas dos dedos. E a imagem do teu sorriso refletido na água era o que ela tanto esperava. E ela sabia que não precisaria mais voltar àquele rio, te deu a mão e finalmente ouviu o assovio invadindo seu peito.

Agora ela sabia... chegara a hora de amar outra vez.

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